domingo, 26 de setembro de 2010

O CULTIVO DA ORQUÍDEA

A maioria das pessoas acredita que criar orquídeas é muito difícil, que dá muito trabalho e que na maioria das vezes elas não se desenvolvem e morrem.Também acreditam ser estas plantas muito raras e difíceis de serem adquiridas ou encontradas , que dão azar , que são parasitas ou que é necessário um ambiente úmido , quente e controlado para mantê-las vivas. Tudo isto é mito.Vou descrever como crio minhas orquídeas, e tentarei ajudar aqueles que gostariam de criar estas magnificas plantas e poder comparar os métodos daqueles que já as cultivam e talvez trocar algumas experiências e idéias. Devemos salientar que existem orquídeas em praticamente todo o planeta com exceção do polo sul aí reside na minha opinião o grande segredo de cultivar orquídeas. ESCOLHER A PLANTA ADEQUADA PARA O SEU AMBIENTE E O LOCAL ONDE COLOCA-LA. Não somente isto , como a experiência mostra apenas movendo uma determinada planta para um outro local pode determinar o sucesso ou não de seu cultivo .Orquídeas morrem mais de umidade do que de falta de água . portanto CUIDADO COM EXCESSO DE ÁGUA. Construí uma estrutura de madeira e a cobri com tela plástica 70% isto é permite a passagem de 30% de luz solar e coloquei as plantas penduradas sob esta tela.(Laelias , Dendrobiuns, Cattleias , Vandas, Miltônias e Oncidiuns). VENTO EM EXCESSO MATA AS PLANTAS ; mas é necessária ventilação.


Vasos e Potes : Uso tanto vasos plásticos como de cerâmica com sucesso em ambos .Quando alguma espécie se desidrata muito rapidamente é mais aconselhável o uso de vasos plásticos que retém mais umidade , e aquelas que apreciam mais secura , vasos de cerâmica , pois estes permitem evaporação mais rápida por serem porosos.Orquídeas em geral não gostam de vasos grandes ,estes devem ter tamanho suficiente para dois anos de crescimento que é em geral o tempo de decomposição do substrato.Vasos menores retém menos umidade logo dificultam o apodrecimento das plantas , mas necessitam que haja uma rega mais freqüente.Meio de Cultura : Aqui no Brasil basicamente se cultiva orquídeas em FIBRA DE XAXIM em outros países é impossível encontrar este meio porem existem vários substitutos talvez até melhores. Algumas plantas são cultivadas em tábuas de xaxim (montadas)Sphagnum retém mais umidade que o xaxim , porem apodrece mais rapidamente. SEMPRE COLOCO PEDRAS OU CACOS DE CERAMICA NO FUNDO DOS VASOS para acelerar a drenagem da água .NUNCA DEVE-SE PLANTAR ORQUÍDEAS EM TERRA a não ser as terrestres que são mais raras. Orquídeas são epífitas , isto é vivem sobre outras plantas mas não danificam as plantas suporte.As orquídeas emitem as raízes para fora dos vasos ,estas não devem ser colocadas para dentro ou cortadas pois as raízes retiram umidade e alimento do ar.

Temperatura e Luminosidade : A temperatura é agradável a você ? Então também é agradável a suas orquídeas.Existem orquídeas que resistem mais ao calor e outras que resistem mais ao frio há algumas que só florescem se houver uma temperatura mais fria durante um certo período do ano (Cymbidiuns) aí esta o fato de se escolher a s plantas adequadas ao seu ambiente pois se houver frio ou calor em excesso e pouca luminosidade as plantas podem até se desenvolver porem não florescem.Em dias muito ensolarados toque nas folhas de suas plantas se estiverem muito quentes coloque-as mais a sombra.Uma planta que se desenvolve razoavelmente porem não floresce coloque-a progressivamente em local mais iluminado.

Rega : Uso um método geral de rega para as orquídeas .Coloco o dedo no meio de cultura , se estiver seco dou água se estiver úmido aguardo .Lembre-se excesso de água mata as orquídeas.Algumas plantas necessitam mais umidade que outras isso somente a experiência vai demonstrar.Existem alguns sintomas de ressecamento das plantas que podem ser observados , principalmente enrugamento de bulbos e folhas . Se este for o caso aumente a freqüência de rega e umidade do ambiente.Se o ambiente estiver muito seco existem algumas providencias para aumentar a umidade. Coloque plantas em torno das orquídeas , principalmente plantas que gostem de muita água como samambaias ; umedeça o chão no meu caso o gramado , coloque as plantas em um prato com pedregulho e água mas certifique-se de que a planta não fique em contato com a água pois as raízes apodrecerão.

Adubação : Orquídeas como qualquer ser vivo necessita alimento . Na natureza ela retira os alimentos do sol , ar da chuva , do ambiente que as cercam desta forma pode-se perceber que a quantidade de nutrientes que são necessários para a vida de uma orquídea são muito pequenas ,mas em ambiente de cultura é necessário suprir essas necessidades.Antigamente adubava minhas plantas com farinha de osso e torta de mamona .Com o tempo fui percebendo que havia certa deficiência de nutrição em algumas plantas , deficiência esta que se manifestava com amarelecimento das folhas , plantas pequenas ou ausência de floração e até morte de algumas.ORQUIDEAS NECESSITAM DE NITROGENIO , FOSFORO ,POTÁSSIO E MICRONUTRIENTES.Substituí então o método de adubação sólido pelo líquido com adubos preparados industrialmente. Na fase de crescimento (época das chuvas) mais rico em nitrogênio que estimula o crescimento e na fase de floração em geral na inicio primavera ,rico em potássio pois este estimula a floração , uso-os sempre como adubos foliares ou seja pulverizo sobre as folhas nunca uso no substrato.Adubo aproximadamente a cada 15 dias.Inseticidas: Não uso inseticidas. Quando percebo que alguma planta está infectada lavo-a com água e sabão neutro e afasto-a das outras até que esteja sadia novamente.Plantas sadias dificilmente ficam doentes ,mantenha-as em local adequado , bem adubadas e ventiladas e raramente terá problemas de doenças.

Mudas e replantio: Normalmente faço as mudas durante o replantio ou quando parte da planta sai para fora do vaso.Replanto somente quando o substrato esta amolecido (podre) e a planta apresenta um broto novo . Aproveito então para dividir a planta em várias outras sendo que cada uma deve ter no mínimo 3 bulbos e pelo menos uma folha.Lavo a planta com água e sabão corto todas as raízes escuras (mortas) coloco pedras ou cacos no fundo do vaso ,coloco a planta sobre as pedras com o novo broto posicionado no centro do vaso e cubro as raízes com o substrato (sphagnun ou um mix com casca de pinus, carvão e casca de coco). Se necessário coloco uma estaca para manter a planta firme até que cresçam as novas raízes.Assim preparada a planta é colocada de novo no mesmo lugar.

Floração: Nada mais estimulante do que ver sua orquídea florir após um ano de espera.Normalmente florescem uma vez ao ano(Algumas espécies e híbridos florescem mais de uma vez ao ano). Na época de floração coloca-se pequenas estacas para manter as flores em posição mais vistosa. Eu levo-as para dentro de casa onde em geral permanecem floridas por semanas.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

BRASSIA


Brassia, gênero que tem seu nome dedicado ao botânico inglês William Brass, possui muitas espécies de forma estrelada, de hastes longas com numerosos pares de flores de até seis centímetros, muitas delas perfumadas e de cores fortes.
Floresce o ano inteiro, quando podem brotar simultaneamente até 50 flores.
De flores duráveis e coloração amarela, branca ou verde, as Brassias preferem luz indireta e temperaturas mais amenas, entre 12 e 20 graus. Gostam de umidade. Possui por vezes pseudobulbos e se adapta bem em vasos de cerâmica e até placas.
A Brassia caudata, por exemplo, tem hastes florais de 40cm ou mais de comprimento e produzem cerca de 12 flores cada uma, normalmente no outono e no início do inverno. As flores, cerosas e perfumadas, possuem pétalas de aproximadamente 6cm. As folhas, verdes com manchas avermelhadas medem de 20 a 25cm de comprimento e são arqueadas. Esta espécie, em especial, gosta até de um pouco de sol direto pela manhã.

domingo, 12 de setembro de 2010

Cattleya luteola


Possuem as flores amarelas. O labelo é amarelo e internamente possui uma pigmentação vermelha. Existe uma variedade rara (Alba)sem nenhuma pigmentação púrpura na garganta.
As flores possuem 5cm de diâmetro.
Cultivo: Pode ser colocada em placas ou cultivada em pequenos vasos. Precisa de muita luminosidade, ambiente úmido e clima intermediário ou quente. Requer muita rega durante o período de crescimento e um repouso durante o inverno. Para induzir a floração, aplique um adubo nitrogenado durante o período de crescimento e uma fórmula fosfatada, nos três meses que antecedem a floração.
Época de floração: final do outono ou princípio do inverno.
Oriegem: Brasil (Estados do Amazonas e Pará), Equador, Peru e Venezuela (Bacia Amazônica). No Brasil, é encontrada em altitude até 600m e o Peru, até 2.000m. Portanto, dependendo a origem da planta, ela poderá tolerar temperaturas mais elevadas ou mais baixas.
Curiosidade é a menor espécie do gênero, seus pseudobulbos normalmente têm entre 5 e 15cm de comprimento.

Cattleya violacea é uma robusta especie epífita que vegeta em matas ensolaradas numa altitude de 800 a 1200 metros, no Brasil nos estados do Amazonas, Mato Grosso, roraima e Rondônia, na Colômbia, Guianas, Bolivia, Peru, Equador e na venezuela,. Formada por pseudobulbos cilíndricos e grossos, densamente sulcados, de até quarenta centímetros de altura, portando duas folhas coriáceas, grossas e arredondadas de cor verde-acinzentado. Hastes florais com duas a cinco Flores. Flor de doze centímetros de diâmetro de cor púrpura-violácea intenso. Labelo trilobado. Os lóbulos laterais cobrem a coluna e são de colorido mais forte. Fauce do labelo plano com base branca estriada de amarelo. Existem variedades muito raras como as semialbas e as coeruleas. Florescem de Novembro a Janeiro.

CLASSIFICAÇÃO – Gênero: Cattleya Lindley; Espécie: Cattleya violacea (H.B.K.) Rolfe 1889; Tribo: Epidendreae, Subtribo: Laeliinae, Etimologia: Cattleya, em homenagem a Willian Cattley, horticultor inglês do século 19. Epíteto: violacea, do latim, em referência a cor predominante da flor, tom violeta.

Cattleya walkeriana




Cattleya walkeriana foi descoberta por Gardner, em 1839, próximo ao rio são francisco (MG). Seu nome foi dado em homenagem ao seu fiel assistente, Edward Walker, que o acompanhou em sua segunda viagem ao Brasil a serviço do Jardim Botânico do Ceilão, no Sri Lanka.
O brasileiro Barbosa Rodrigues
descreveu, em 1877, a Cattleya princeps, hoje considerada uma variedade da Cattleya walkeriana.
Habitat
A Cattleya walkeriana, hoje mundialmente conhecida e apreciada pelos belíssimos híbridos
que tem produzido, é encontrada nas regiões mais diferentes do Brasil, seja crescendo sobre pedras, no Estado de Goiáis, ou sobre árvores, nos Estados de São Paulo, Mato grosso e Minas Gerais, sempre próxima às águas de lagos, rios ou pântanos. São plantas de cultivo extremamente fácil, que os orquidófilos do mundo inteiro já dominam. Deve-se destacar que a maioria das plantas que hoje se encontram nas coleções foram produzidas por semente ou meristema(clonagem).
Sinônimos
Cattleya bulbosa Lindsey, 1847
Epidendrum walkeriano Reichenbach, 1862
Cattleya gardneriana Reichenbach, 1870
Cattleya schroederiana Reichenbach, 1883
Dicas para cultivo
A fácil adaptabilidade dessa espécie se comprova na maneira como é cultivada. No Brasil, que abriga todos os tipos de clima
, temos visto a Cattleya walkeriana cultivada em vasos de ceramica baixos e furados (chamados piracicabanos), em vasos comuns com xaxim desfibrado, em pequenos pedaços de casca de árvore (peroba, aroeira, ipê, etc.), em casca de pinheiro, em placas de xaxim ou, ainda, em muros de pedra. É uma planta que tolera muito bem a luz solar intensa, porém não direta. Gosta de ambientes úmidos e bastante ventilados, detestando substratos encharcados.
Em Rio Claro
(175 km ao norte de São Paulo), resistem muito bem às altas temperaturas de verão (38°C), assim como às baixas temperaturas de inverno (10°C), ocasião em que devem ser protegidas do vento frio do sul e ter suas regas diminuídas.
O pico de Floração
é no mês de Maio, o que lhe faculta os mais variados cognomes: flor de Maria, flor das noivas, flor das mães, flor de inverno, etc. Após o aparecimento das flores, dá-se a brotação pesada, por volta do mês de Agosto, período em que deve-se intensificar as regas e a adubação para a formação do bulbo vegetativo. É importante lembrar que a Cattleya walkeriana pode florescer em broto especial ou em broto com folha comum (Cattleya walkeriana variedade princeps, que floresce em Setembro).
É uma planta
extremamente sensível às divisões (separação de mudas). Para poupá-la, deve-se evitar a floração no ano seguinte à divisão. Com este cuidado, ela economiza forças. Quando a planta mostra os botões, deve-se cortá-los utilizando ferramenta esterilizada para evitar contaminações, vírus ou bactérias. Isto pode ser feito usando-se a chama de um isqueiro ou vela por uns trinta segundos na lâmina da ferramenta.
Nesta espécie, são encontradas as formas tipo lilás, alba (branca), coerulea (azulada), semialba (branca com labelo lilás), lilacínea (rosada), flammea (lilás com riscos púrpura), vinicolor (vinho), entre outras.